Nasceu no dia 28 de maio de 1977, na
cidade de Bela Cruz (CE). É filho de José Rogério Silveira e de Maria da
Conceição Araújo.
Sua formação religiosa se deu no
seminário menor de São José, em Sobral (CE), de 1993-1995, período em que
também cursou o Ensino Médio; E continuou no seminário regional Nordeste I, em
Fortaleza, de 1996-2002, onde cursou Filosofia, de 1996 a 1998 e Teologia, de
1999 a 2002.
É graduado em Filosofia pela
Universidade Estadual do Ceará (UECE); Em Teologia pelo Instituto Teológico e
Pastoral do Ceará (ITEP); fez mestrado em Direito Canônico pela Universidade
Gregoriana de Roma.
Também possui formação em diversos
cursos breves de atualização nas áreas de Teologia e de Direito Canônico feitos
na Rota Romana, em Roma, na Pontifícia Universidade Católica Argentina, em
Buenos Aires, e em alguns Institutos e Universidades do Brasil.
Foi ordenado diácono em 10 de julho
de 2002, na catedral de Sobral e presbítero em 30 de novembro de 2002, na
igreja matriz de Bela Cruz (CE).
Após sua ordenação presbiteral,
exerceu os seguintes ofícios: administrador paroquial da paróquia Senhora
Sant’Ana, na cidade de Santana do Acaraú (CE), de 2003 a 2008; Membro da
Coordenação Diocesana de Pastoral de 2003 a 2005; Capelão do Colégio Diocesano,
de 2004 a 2006; Chanceler da Cúria Diocesana de Sobral de 2006 a 2008 e de 2014
a 2019; Vigário episcopal da Região Sede de 2012 a 2014 e de 2017 a 2024;
Pároco da paróquia de São Francisco, na cidade de Forquilha (CE), de 2012 a 2018.
Até sua nomeação como bispo, estava exercendo as
seguintes funções: vigário Judicial Adjunto do Tribunal Eclesiástico Regional e
de Apelação do Ceará, em Fortaleza; vigário Episcopal da Região Sede; Pároco da
paróquia Nossa Senhora do Patrocínio e vigário Geral da diocese de Sobral.
Descrição Heráldica e Simbólica do Brasão Episcopal de Sua Excelência Reverendíssima,
Dom Agnaldo Temóteo da Silveira, Bispo de Garanhuns – PE.
Escudo eclesiástico em formato italiano. Em chefe, em campo de goles, repousa
um sol jesuítico, em jalde, com onze raios alternados entre ondulados e retilíneos.
O sol se encontra na perspectiva de despontar no horizonte, ao raiar do dia, tendo
dois terços de seu perímetro estelar exposto. Segundo campo, em blau, encontra-se, em flanco destro, uma estrela de oito pontas equidistantes, em jalde. Em flanco
sinistro, do mesmo campo, um livro aberto ao meio, em argente, com as letras
gregas alfa e ômega, nessa ordem, em sable, cada uma tomando três quartos de
página. Uma fita, em goles, demarca três quartos do livro. Em abismo, um barco à
vela, em sépia, impulsionado pelo vento, na direção à destra, com rede de pesca,
ao natural, lançada ao mar. A vela, em argente, possui uma cruz, em goles, de
ponta a ponta. Tal barco repousa sobre oito ondas alternadas em argente e blau. O
escudo repousa sobre uma cruz processional, em jalde, trevada, em que estão
incrustradas cinco pedras preciosas, em goles. Encimando o escudo, um chapéu
prelatício em sinopla, sem forro, com seus cordões terminados em cada flanco por
seis borlas, na posição um, dois, três, todos em sinopla. Sob o escudo, um listel,
em argente, forrado em goles, sobre a ponta da Cruz, que ostenta, em sable, a divisa
“IN VERBO TUO” (Na tua Palavra – Lc 5,5)
Descrição simbólica:
1. Cruz processional, de cor dourada, com cinco rubis incrustados: a cruz
processional, que atravessa o escudo de alto a baixo, é um artefato heráldico
obrigatório nos brasões episcopais. Ela, que abre e encerra as celebrações
eucarísticas, aparece como símbolo maior d’Aquele a quem adoramos e servimos,
Nosso Senhor Jesus Cristo;
2. O chapéu prelatício com fileiras de borlas verdes: simboliza a missão
apostólica do Bispo, que, por instituição divina, sucede aos apóstolos como pastor
que ensina, santifica e governa o rebanho que lhe foi confiado. Indica também sua
plena comunhão com o sucessor de Pedro, pastor supremo da Igreja. O verde
significa a esperança apostólica que apascenta o rebanho de Cristo até a sua vinda
definitiva;
3. O escudo italiano: este escudo possui o mesmo formato dos escudos pontifícios
dedicados aos Santos Padres João XXIII e Paulo VI, papas que presidiram o
Concílio Vaticano II, grande dádiva eclesial do século XX. No brasão episcopal, o
escudo, nesse formato, ganha o significado de fidelidade à Igreja de Cristo no
exercício do múnus apostólico entregue aos bispos pela graça de Deus;
4. Primeiro campo - em vermelho: simboliza o fogo da caridade inflamada no
coração do novo Bispo pelo Divino Espírito Santo, que o inspira na sua missão
episcopal de cuidar, nutrir e conduzir o rebanho que o Senhor Jesus lhe confiou;
5. Sol nascente de cor dourada: aludindo à passagem lucana do Benedictus, no
qual Zacarias chama o Senhor Jesus, ainda no ventre de sua mãe, de “Sol
Nascente” (Lc 1,78), esta insígnia representa o próprio Cristo, Sumo e Eterno
Sacerdote, Sol Invictus, luz das nações e glória de Israel que inunda a vida do
homem com sua luminosa Plenitude. Recorda também a terra de origem de Dom
Agnaldo Temóteo, o Ceará, conhecida como a Terra do Sol, como bem canta seu
hino oficial;
6. Segundo campo - em azul: o esmalte escolhido para este campo foi o azul-céu,
que representa o principal resultado da vinda do Messias Salvador ao mundo: a
salvação. O Céu, que neste caso é representado em pleno dia, é o lugar teológico
da salvação da humanidade. É para lá que os olhos dos mais humildes se voltam
no momento da oração. Na heráldica lusitana, da qual somos herdeiros, a cor azul
significa justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza;
7. Estrela dourada de oito pontas: simboliza a devoção do eleito à Nossa
Senhora, que, no simbolismo iconográfico oriental, é reconhecida como a estrela
que nos conduz de forma perfeita até Jesus. Modelo de santidade, Maria, Rainha dos apóstolos, auxilia de forma maternal os bispos em sua missão apostólica de
santificar o povo de Deus;
8. Livro aberto com as divisas alfa e ômega: representa a Escritura Sagrada que
nos comunica a intimidade de Deus através da escrita. É na Palavra de Deus que o
novo Bispo fundamentará a sua missão de ensinar, santificar e governar o povo de
Deus. Em atenção à essa Palavra, Dom Agnaldo lançará as redes à procura dos
eleitos do Senhor a ele confiados;
9. Barco à vela em movimento: significa a Igreja de Cristo construída sobre o
fundamento dos apóstolos, a quem Dom Agnaldo sucede, por mercê de Deus; uma
Igreja em saída, na busca de seus filhos distantes e esquecidos nas periferias
geográficas e existenciais da humanidade; mãe que acolhe e dignifica aqueles que
a ela recorrem em suas necessidades; que é também samaritana e luta para curar
as feridas de uma humanidade afastada de seu Criador; que é missionária, pois leva
o Evangelho a toda a criatura, com todas as forças. Por isso, o barco está em pleno
movimento para frente, guiado pela luz da Palavra e avançando sempre para águas
mais profundas (Cf. Lc 5,4);
10. O mar: é o lugar onde plaina o Espírito de Deus, no início da criação. Aqui
significa também o lugar da missão, para onde a Igreja-barca é enviada a lançar as
redes de pesca e a experimentar a força e a fecundidade da Palavra de Deus;
11. Listel com o mote “IN VERBO TUO”: "In Verbo Tuo" significa "Em
atenção à tua palavra", uma expressão tirada do evangelho de São Lucas 5,5. Esta
passagem bíblica simboliza a obediência e a confiança na Palavra de Deus,
qualidades essenciais para qualquer missão cristã.
O novo Bispo, ao assumir sua nova missão, assume esse espírito de obediência e
dedicação. Ele reconhece que seu trabalho pastoral deve ser guiado não por suas
próprias ideias, mas pela palavra divina. Em cada decisão e ação, busca seguir os
ensinamentos de Cristo, assim como os apóstolos fizeram quando lançaram as
redes ao mar em atenção à sua palavra.
Sua missão na nova Diocese é marcada por um compromisso inabalável com a
evangelização, o cuidado pastoral e a promoção da justiça social, sempre "In Verbo
Tuo". Ele inspira a comunidade a confiar na palavra de Deus, lembrando que, assim
como Pedro testemunhou uma pesca milagrosa, grandes frutos espirituais podem
ser colhidos quando se age em obediência à vontade divina.